Ortóptica

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O que é a ortóptica?

A Ortóptica é uma área que complementa a especialidade de Oftalmologia no diagnóstico e tratamento de desequilíbrios oculomotores (associados ao movimento dos globos oculares) e distúrbios da visão mono e binocular, tratamento da insuficiência de convergência, do estrabismo ou da ambliopia.

Passo a passo

A avaliação de ortóptica é sugerida após um diagnóstico prévio (ex. consulta de dor oro facial, de fisioterapia, reabilitação oral ou de ortodontia, ortopedia, otorrinolaringologia, etc…) de um quadro e história clínicos compatíveis com uma possível suspeita de envolvimento ocular realizando movimentos simples à coluna cervical, braços, pernas e olhos.

Numa avaliação ortóptica mais completa são realizados exames e exercícios mais completos na própria consulta para se chegar a um diagnóstico e depois realizar exercícios específicos a cada situação, na consulta e em casa, de modo a reforçar a musculatura ocular obrigando o globo ocular a adquirir a sua posição correta de forma progressiva.

Podem ser necessárias em média 6 a 12 consultas, conforme o quadro inicial e adesão ao tratamento.

Este tratamento pode ter de ser acompanhado por fisioterapia craneo-cervical para aliviar em simultâneo as tensões musculares dos músculos extra oculares, envolvidos na posição incorreta da cabeça e obter assim um maior efeito do tratamento e correção postural.

Está indicado tanto em crianças (ex. com problemas de défice de atenção, dificuldades de aprendizagem escolar, alterações no desenvolvimento oro-facial…) como em adultos

Quais são os principais sintomas?

Crianças:

  • Problemas de hiperatividade e défice de atenção
  • Dificuldades de aprendizagem escolar
  • Alterações no desenvolvimento oro-facial

Adultos:

  • Fadiga crónica
  • Dores de cabeça
  • Enxaqueca
  • Dores musculares em múltiplas regiões da coluna e cintura
  • Zumbido
  • Fadiga visual
  • Dificuldade em relaxar
  • Dificuldade de concentração

Vantagens do Tratamento

Saúde

Nos casos de dor oro-facial associada ou não à disfunção da articulação temporo-mandibular devem ser também avaliados os movimentos oculares, despistando assim um possível problema de insuficiência de convergência ocular, relacionado com os músculos responsáveis pelo movimento do globo ocular (que nada tem que ver com a chamada “falta de vista”) o que provoca uma visão desfocada.

Sendo o sentido da visão responsável por cerca de 80% da informação exterior que recebemos é responsável também pela nosso sentido de orientação espacial e equilibrio, pelo que este problema também pode estar relacionado com o desenvolvimento de tonturas e vertigens.

Assim para que as imagens captadas por ambos os olhos seja interpretada como uma só imagem focada, a posição da cabeça muda, pela ação de outros músculos extra oculares, compensando essa insuficiência e garantindo uma visão nítida.

 

Esta mudança da posição da cabeça é responsável por uma alteração postural geral mais complexa que com o passar do tempo pode traduzir-se no síndrome da perna encurtada, pela ativação de várias cadeias musculares ao longo do corpo, com quadros clínicos de dor variáveis.